sexta-feira, 29 de julho de 2011

FORTALECER A GREVE DA FASUBRA

Repudiamos a política de Dilma de judicializar a greve!

No dia 25 de julho a AGU entrou com uma ação no Superior Tribunal de Justiça, com o pedido de ilegalidade da greve da Fasubra. O argumento da ação é que a greve é abusiva porque não haviam terminado todas as negociações entre o governo e a Federação, o mesmo argumento que usam os governistas da Fasubra para tentar acabar com a greve.
Foram 4 meses de sucessivas reuniões, que mais pareciam mesas de “enrolação” sem nenhuma proposta apresentada. Tanto é assim que todas as categorias dos federais que estiveram nas mesas com o governo até agora, falam que não há outro caminho se não preparar a greve. Na última reunião com o governo no dia 21/07 novamente ouvimos que não há dinheiro para o nosso reajuste e que as reuniões com o conjunto dos servidores estão encerradas, pois o governo vai priorizar o ajuste fiscal.
A opção do governo Dilma PT/PMDB/PCdoB não tem sido o de atender as demandas dos servidores. Pelo contrário, prepara mais projetos e medidas que visa o desmonte dos serviços públicos com os projetos que caminham no congresso nacional: o PL 549/09 que congela por 10 anos nosso salário; o PL 248/98 que propõe critérios de demissões e o PL 1749/11 que privatiza os HU’s. Enquanto isso, garante lucros exorbitantes aos banqueiros e esbanja dinheiro com obras faraônicas da copa e das olimpíadas superfaturadas para os empreiteiros, os mesmos que financiam as campanhas eleitorais do PT, PMDB e do PSDB.
A tentativa de judicializar a greve é um fato inédito que nem FHC teve coragem de fazer e demonstra um total desespero e desrespeito com o movimento grevista dos servidores das IFES, que se utilizam de um instrumento legitimo para defender seus direitos e um reajuste salarial digno. E a ação ainda é subscrita pelos procuradores das Universidades, mostrando que os reitores estão em completa sintonia com o governo.
Esta política do governo só se explica após o fracasso dos governistas da Fasubra, que não conseguiram acabar com a greve, sendo derrotados pela base das Universidades, que votaram massivamente pela continuidade da GREVE. Além disso, é uma tentativa de inibir que outras categorias do serviço público entrem em greve, a exemplo do Sinasefe que já marcou o iniciou do movimento paredista a partir de 1° de agosto.
No país inteiro centenas de servidores lotam as assembléias e impõe na marra sua vontade de lutar, questionam os velhos dirigentes e os burocratas sindicais, a exemplo da UFRJ, UNB, UFMG, etc, que tentam se utilizar do movimento para acabar com a greve e assim fazer o jogo do governo para barganhar cargos nas reitorias e no governo.
Esta política do governo de criminalizar a greve da Fasubra deve ser repudiada pelo conjunto dos trabalhadores e por todo o movimento sindical independente e autônomo.
É hora de fortalecer a greve e unificar com o Sinasefe e coordenar as ações com todas as categorias que estão dispostas a organizar lutas em nosso país.