quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Eleição do DCE - UnB: uma reflexão necessária

 
Eleição do DCE - UnB: uma reflexão necessária
 

A Universidade de Brasília vivencia um novo cenário. Vimos nesses últimos tempos a Adunb ser dirigida pelo grupo golpista próximo ao Proifes, o grupo do ex-reitor corrupto e privatista, Timothy Muholland, retornar à reitoria com o apoio da Aliança pela Liberdade, organização da juventude conservadora, anti-cotas, anti-paridade, e anti-greve que hoje está no DCE da UnB.
 
Ao mesmo tempo em que as forças reacionárias na UnB ganham aparatos, é inegável o processo de ascenso das lutas que a juventude e a classe trabalhadora têm protagonizado. Em 2011, estudantes ocuparam reitorias em diversas universidades (incluindo a UnB) por melhores condições de ensino, enquanto técnicos-administrativos construíram uma grande greve. Este ano, foi definitivamente marcado pela heroica greve das federais, onde professores/as, estudantes e técnicos/as pararam as universidades contra os ajustes do governo  Dilma (PT/PMDB), em defesa da educação.
 
Quem deveria nos representar, o DCE na UnB e nacionalmente a direção majoritaria da UNE , nada fizeram e fecharam os olhos diante das mobilizações. Por fora das entidades, estudantes de forma independente organizaram assembleias e se somaram à luta, pois a política de precarização e sucateamento da educação deste governo é sentida por qualquer estudante, nos quatro cantos do país.

A eleição do DCE aconteceu logo após este processo. Foram inscritas seis chapas, onde haviam três campos políticos definidos: a direita tradicional, o governo e a oposição de esquerda ao governo. Construímos a chapa 6 "Nada é Impossível de Mudar", juntamente com outras forças da esquerda, partindo da compreensão que era essa a chapa onde não havia nenhum tipo de relação com grupos ligados nem à reitoria de Ivan Camargo e nem ao governo federal e, assim, capaz de responder às demandas sentidas hoje pelo conjunto da universidade.

Nesta eleição, a Aliança pela Liberdade melhorou sua campanha, se reelegendo por uma diferença de votos maior em relação as eleições passadas. Este grupo encontrou espaço político na UnB antes mesmo de disputar o DCE utilizando dos mesmos argumentos que em 2009 foram usados pela chapa ganhadora a chapa "Pra Fazer Diferente" (AE/PT, B&D) o discurso da "nova" forma de fazer política, reproduzindo a rejeição à organização partidária e o discurso da não politização da entidade, ou seja, o DCE não deveria se posicionar sobre questões externas à UnB. Hoje este mesmo discurso é reproduzido pela Aliança pela Liberdade, apesar de receberem apoios externos à UnB, como o apoio da Revista Veja, partidos de direita como o ARENA (partido da ditadura militar que está se reestruturando).
 
A chapa que ficou em segundo lugar "As Honestinas" teve um resultado eleitoral não proporcional ao volume e ao nível de profissionalização de sua campanha, e portanto, não ameaçou a vitória da Aliança. O conteúdo apresentado por esta chapa elaborou propostas bem apresentadas, porém não refletiu as lutas protagonizadas pela juventude no último período e foi insuficiente para responder às necessidades reais vivenciadas no cotidiano universitário, como as filas do R.U., transporte, assistência estudantil, falta de estrutura, entre outros. As chapas 3 e 4 não tinham capacidade de apresentar também um conteúdo que refletisse as mobilizações, pela falta de independência política ao governo federal que no ultimo período cortou mais de 5 bi da educação e vem precarizando ainda mais as universidades por meio de programas como o REUNI.

Acreditamos que somente será possível tirar esse grupo elitista do DCE se apostarmos no sentimento de mudança e luta da juventude. A greve das federais impôs uma grande derrota à Aliança pela Liberdade. Perderam em uma das maiores assembleias estudantis da história da UnB, no CEB e até mesmo na enquete na internet, onde mais 60% votaram pela continuidade da greve estudantil, contra o posicionamento do DCE. Portanto, não basta somente uma estética bem construída, pois foi na mobilização que a Aliança pela Liberdade ficou sem espaço.

Diante de um cenário de ataques do governo e de um DCE sem independência da reitoria, fazemos o chamado a todos/as estudantes para construirmos uma coerente e propositiva oposição a Aliança pela Liberdade que englobe as lutas dos/as estudantes, beneficiários da assistência estudantil, LGBT´s, cotistas, etc e todas/os aqueles/as que lutam por uma universidade publica, gratuita, de qualidade a serviço dos trabalhadores.

Vamos à Luta!

Contatos:
 
8212 9948
8169 4477

domingo, 2 de dezembro de 2012

Chega de aumento de mensalidade e cortes de bolsa na Católica!



A Universidade Católica de Brasília através de sua política "pilantrópica", aumentou a mensalidade em 8,9 % e anunciou o corte de bolsas atleta e social alegando problemas financeiros e sazonalidade no aumento. Mas como isso se deve em uma das Universidades que mais recebem receitas e isenção de impostos por participar de programas do governo como o PROUNI e o Bolsa Social do GDF.

A demanda por educação superior nas universidades pagas aumentou significativamente nos últimos anos, pois, infelizmente, o Governo federal não tem como prioridade a universalização do ensino superior público e hoje investe menos de 1 % das receitas arrecadas no ensino superior. Também não fiscaliza e regulamenta o ensino privado, deixando a educação de milhões de jovens nas mãos de empresários que apenas visam o lucro em detrimento de uma educação de qualidade.

O Corte na bolsa-atleta vai à contramão da política de fortalecimento do desporto universitário justamente no período importante onde o país receberá as Olimpíadas, também demonstra que não tem compromisso com o social, pois também anunciou a redução da bolsa social.

A Católica cresceu muito nos últimos anos, criando cursos à distância e presenciais, ampliando o número de vagas de diversos cursos e a transferência de renda por parte do governo também atua positivamente nas receitas da Universidade.

Entretanto, a lógica paternalista da UBEC (Mantenedora da Universidade) é de que a UCB sustenta as demais entidades (colégios salesianos, marianos...). Os efeitos disso sentimos no cotidiano e de forma bem clara: serviços precários, cobrança abusiva de estacionamento, cursos que falham em seus projetos de pesquisa e extensão por falta de verba. 

Parabenizamos a tod@s os/as estudantes da Universidade Católica de Brasília, pela mobilização e exitosa ocupação da Reitoria onde demonstra que nós estudantes não nos calaremos diante de mais um abuso dos mercenários que controlam a UCB.
É necessário seguir lutando em defesa de uma educação de qualidade.
Educação não é mercadoria!
  • Pelo fim dos aumentos abusivos!
  • Não ao corte das bolsas!
  • Por uma Universidade mais democrática!
  • Pelo fim dos processos contra os estudantes!





Contato: Luis Alberto: 8183 2785


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Mensagem aos calour@s!



Parabéns Calour@ pelo seu ingresso na universidade, pois sabemos o quanto o ensino superior público é excludente e você ter chegado aqui é uma grande vitória , uma importante conquista em sua trajetória! Agora se inicia uma nova fase da sua vida, uma fase de descobertas e explorações, esperamos que você desfrute bem, pois agora se iniciam os melhores anos da sua vida.
Você está entrando na UnB após um período de uma greve histórica, que defendia principalmente uma melhor condição de trabalho para professores e servidores, uma greve que unificou todos os segmentos da universidade (professores, técnicos e estudantes) que estiveram juntos nessa luta que tomou conta de todo o país.
Essa greve nacional não aconteceu à toa. É uma consequência do desmonte que a educação pública vive. Somente nesses dois anos de governo Dilma, já foram cortados mais de 5 bilhões da educação, isso traz resultados para uma assistência precária, profissionais mal remunerados, falta de estrutura entre outros.
Defendemos a universalização da univesidade, mas nos posicionamos contra o programa de expansão da universidade que não garante o aumento necesario de verbas nem estrutura adecudada sucateando e precarizando a UnB, pois não temos estrutura adecuada. A greve terminou, mas a luta continua, lutamos por uma universidade de qualidade para tod@s e te convidamos a se juntar a esta luta com o movimento estudantil que já fez história nessa universidade com diversas conquistas.
Seja Bem Vind@s à UnB e que suas realizações sejam contempladas aqui dentro!

Saudações do Coletivo Mobiliza UnB!

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Avaliação da Greve pela Exnel


A educação pública no Brasil está sucateada, professoras/es desvalorizadas/os com salários baixos, materiais didáticos insuficientes e de baixa qualidade, alunas/os desmotivadas/os, infraestrutura inadequada e vários outros problemas que refletem a péssima qualidade da educação.
O ano começou com várias greves e mobilizações das/os professoras/es da educação básica reivindicando melhores condições de trabalho e maiores salários.
Professoras/es, técnicas/os universitárias/os também entraram em greve exigindo planos de carreira e melhores condições de trabalho. Essas greves foram em resposta ao projeto neoliberal e mercadológico das universidades, potencializado pela expansão universitária via Programa de Reestruturação da Universidade Públicas – REUNI e também por projetos estaduais similares a este que impuseram algumas metas que precarizam ainda mais o ensino, tais como: o aumento da relação aluna/o-professor/a; diversificação da modalidade de ensino inaugurando os cursos de formação acelerada; duplicação do número de acesso,porém com aumento de apenas 20% dos recursos, sendo esses subordinados aos recursos do MEC e sem garantia de fato; criação de campi sem infraestrutura adequada (há universidades com aulas em usinas de lixo) e outros problemas.
Infelizmente, o governo Dilma, diante da crise econômica,escolheu priorizar o capital financeiro em detrimento da educação, pois efetuou uma série de medidas que atestam essa fato : continuou pagando os juros da divida externa, deu isenção de impostos para grandes empresários, cortou recursos das áreas sociais(cerca de 55 bilhões), orientou o corte de ponto de grevistas, além de apresentar uma proposta rebaixada para as categorias em greve.
O ANDES-SN, sindicato nacional que representa a maioria absoluta dos docentes, recusou a proposta do governo, e ele se manteve intransigente, se opondo a negociar, levando, assim, a greve a uma duração de mais de três meses. Isso demonstra a total falta de responsabilidade com a educação superior neste país. As/os estudantes também entraram em greve reivindicando melhores condições de ensino e permanência nas universidades, como reajuste de bolsas acadêmicas e de permanência; mais restaurantes universitários; moradias; creches universitárias; conclusão de novos campi e mais investimento.
Ainda que em nível nacional as pautas da greve pouco avançaram, o governo sinalizou aumentar a verba do Plano Nacional de Assistência Estudantil – PNAES e em muitas reivindicações locais em várias universidades foram alcançadas.
Apesar de alguns problemas, o Comando Nacional de Greve estudantil – CNGE  também foi um avanço em relação à organização dos estudantes, negociando as pautas com o governo, articulando com outras categorias em greve, organizando atos, etc., além de que seus delegados foram eleitos democraticamente nas assembleias.
Com o fim da greve, resta-nos o desafio de avançar ainda mais nas lutas e mobilizações para conseguir construir uma universidade pública gratuita, universal e de qualidade que esteja a serviço da emancipação dos trabalhadores e não apenas para formação de mão de obra e reserva de mercado.
Encontra-se no Senado Federal o novo Plano Nacional de Educação (PNE) que segue a lógica do REUNI, aprofundando suas metas precarizantes, além de não mudar o patamar de investimento atual. A proposta do governo e de setores governistas dentro do Movimento Estudantil é que o investimento do PNE seja de 10% do PIB para 2023, porém a greve mostrou que é necessário investir já para o próximo ano.

Executiva Nacional de Estudantes de Letras – ExNEL

domingo, 9 de setembro de 2012

Nem Márcia nem Ivan falam em nosso nome: Vamos à Luta vota nulo nesse segundo turno!

Nem Márcia nem Ivan falam em nosso nome:

Vamos à Luta vota nulo nesse segundo turno!


Nos próximos dias 11 e 12/09 ocorrerão o 2º turno das eleições para a reitoria da UnB. Concorrem duas chapas: Chapa 80 encabeçada pela ex-decana da gestão José Geraldo, Márcia Abraão e a Chapa 86 de Ivan Camargo que foi decano na gestão Lauro/Timothy.


O coletivo Vamos à Luta apresenta sua análise e o porquê votar nulo nesse segundo turno.

Com Sadi e Baiana


No 1º turno apoiamos a chapa 88 -Sadi e Baiana por representar o projeto de universidade que defendemos: a Universidade pública, democrática, gratuita, laica, de qualidade, socialmente referenciada; Por ter uma posição crítica à política do governo Lula/Dilma e ao projeto de privatização e precarização dos hospitais universitários via EBSERH. Também porque era uma das poucas chapas que construíram a greve dos professores participando ativamente do seu comando e atividades.

Nem Ivan, nem Márcia falam em nosso nome!

Neste segundo turno uma pergunta tem de ser feita: o que existe de diferença substancial nas chapas 80 e 86 que justifique um voto de confiança?
Ivan Camargo representa o fortalecimento das fundações privadas, a volta ao passado de privilégios, a elitização do conhecimento e a cobrança de taxas, além de fazer parte do que existe de mais atrasado na UnB: o grupo do ex- reitor (com "indícios" de corrupção) Timothy Muholland que foi expulso da reitoria com a ocupação de 2008.
Por outro lado, Márcia se apresenta com o perfil da novidade e dos avanços, mas a verdade é que nos últimos 4 anos da gestão o que vimos foi um descaso com a assistência estudantil, o não cumprimento da promessa do Congresso Estatuinte e a prontidão em apoiar e aprovar qualquer projeto do governo para a UnB, como o novo ENEM e Empresas Hospitalares. Sua candidatura é representante do governo Dilma, o mesmo governo que precarizou as universidades via REUNI- o carro chefe de sua campanha.
Essa candidatura esteve ausente da greve nacional dos docentes, o maior processo de luta em defesa da universidade pública e mesmo diante da direção golpista da ADunB essa candidata não compareceu sequer a uma assembleia para defender a categoria, mostrando que não é uma candidatura alinhada com os movimentos da Universidade.

Posições semelhantes em temas fundamentais:

Ambos defendem o modelo das fundações privadas para a UnB. Apoiaram o recredenciamento da FAHUB e FINATEC e revindicam o fortalecimento destas. Apoiaram a implementação da EBSERH Sobre os cursos pagos nenhum dos candidatos propõem o fim desse mercado paralelo na universidade. Nem pelo menos um plebiscito, como já aconteceu na UFF para consultar a comunidade, consta em suas propostas. Estes pontos demostram vários momentos onde o presente e o passado conciliaram.

A grande "diferença": Quem melhor gerencia a crise da universidade.

Mas existe sim uma grande diferença: quem melhor vai gerenciar a comunicação, os cortes de verbas, a pesquisa, o ensino e a extensão. Os candidatos fazem um grande esforço para mostrar quem possui a maior capacidade técnica e gerencial, cada um apresentando os seus currículos e suas proezas como ex-decanos. Ivan e a cobrança de taxas de formatura. Márcia e os estudantes SEM CAMPUS da Ceilândia.


Mobilizar a UnB para não deixar o passado voltar e o presente continuar!

Diante de duas candidaturas, que não apresentam diferenças substanciais, temos que fortalecer e dar continuidade a histórica mobilização de todos os segmentos da universidade que combateu fortemente a precarização, a privatização e a desvalorização da educação. Não podemos conceder um voto de confiança em nenhuma candidatura porque ganhe uma ou outra o projeto de UnB, de laboratório das políticas de precarização do governo Dilma, continuará prevalecendo em detrimento da assistência estudantil, do fim dos cursos pagos e das fundações privadas, por mais verbas e pela autonomia universitária.
Temos que continuar com as mobilizações na UnB, pois a política econômica do governo Dilma continuará trazendo problemas para a universidade e exigirá o fortalecimento do movimento estudantil e sindical para derrotar o projeto do governo para e educação e os seus representantes na reitoria, seja Ivan Camargo ou Márcia Abraão.









segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Nota do Coletivo Mobiliza UnB sobre a Greve

Nota do Coletivo Mobiliza UnB sobre a greve
As greves tomaram conta do país e acada dia vemos mais e mais categorias entrando em greve, seja do serviço público federal, estadual e mesmo na iniciativa privada. Na educação, a greve nacional dos três segmentos dura mais de 3 meses e não é a toa que hoje 52 das 59 universidades do país estão paradas e tantos outros milhares de trabalhadores em greve. O que antes Lula classificou de "marolinha" se referindo à crise econômica, chegou com força no Brasil. Diante desse cenário, a opção do governo Dilma (PT/PMDB) é a de não atender as pautas reivindicadas e na educação, além de não apresentar uma proposta decente para a reestruturação de carreira para os/as professores/as e uma proposta extremamente rebaixada para os/as técnicos/as e não apresenta nada de concreto para os/as estudantes.
Para quem vivencia o cotidiano da UnB sabe muito bem o quanto a Universidade sofre com a falta de estrutura, de investimentos, de um R.U. que funcione e contemple a atual demanda, uma assistência estudantil que sirva para garantir que estudantes permaneçam na universidade e que não tenham que abandonar seus cursos por não consegui se sustentar, mais uma outra infinidade de problemas que podemos apontar. Os problemas somente se agravaram com o programa do governo federal, Reuni, que expande as vagas e intensifica o trabalho e a jornada das/dos docentes e técnicos administrativas/os. Tudo isso sem garantir investimentos proporcionais e sem reconhecer a necessária valorização do emprego dos que trabalham na educação. Dessa forma, fica evidente que o objetivo das políticas educacionais do governo não caminha rumo a democratização das universidades.
Na UnB a Greve terminou por que a proposta é muito boa, ou por motivos eleitoreiros?
Em um momento em que o governo apresentou uma proposta que o sindicato nacional, Andes, rejeita e várias universidades seguiram a orientação de rejeitar a proposta, a UnB toma um caminho contrário. De um dia para o outro, a direção da Adunb chamou uma assembleia "extraordinária" para discutir exclusivamente o calendário das eleições para a reitoria que acontecerão nos dias 22 e 23 deste mês. Como toda assembleia com o caráter "extraordinário", somente é discutido aquela pauta previamente divulgada. Não foi o caso dessa assembleia. Quando a direção da Adunb percebeu que havia uma maioria de professores contrários à greve, incluíram este ponto como pauta no meio da assembleia e por uma diferença de apenas 15 votos, foi decidido o fim imediato da greve.
O questionamento que devemos fazer é: A quem interessaria o final da greve neste momento? Com a eleição para a reitoria nos próximos dias, fica óbvio que a eleição não está descolada do fim desta greve. A base que compõe principalmente a chapa de Ivan Camargo, chapa 86, estava em peso nesta assembleia para votar o fim da greve. Rechaçamos o modo com que a diretoria da Adunb conduziu a assembleia, terminando uma greve sem o interesse em conquistar as pautas, mas sim de colocar os timothystas de volta na reitoria da UnB. A reunião do Comando Local de Greve desta segunda-feira, na qual 374 professores assinaram a autoconvocação de uma assembleia docente, deixou clara a insatisfação das categorias em greve em relação ao grupo que dirige a Adunb, grupo que orquestrou a manobra para acabar com a greve de forma antidemocrática e leviana e que tentou, fracassadamente, derrubar uma conquista de toda a comunidade universitária: As eleições paritárias para a reitoria da universidade. Entendemos que a postura que várias e vários docentes adotaram, de iniciar um processo de destituição da atual diretoria, reflete essa insatisfação generalizada.


Fortalecer a Greve, a Luta é Agora!


Diante de um cenário em que a universidade está claramente polarizada em dois lados (aqueles que lutam na defesa por uma universidade pública e de qualidade e aqueles que estão interessados em que a máfia de Timothy volte a comandar a UnB) devemos fortalecer a greve, a luta por uma UnB plenamente democrática e por uma educação pública de qualidade, nos somando ao calendário de mobilização.

*Compõem o Mobiliza UnB estudantes de vários cursos, assim como coletivos nacionais como o Vamos à Luta, a UJC e o coletivo Juntos

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Coletivo Vamos à Luta com a Chapa 88: Para não deixar o passado voltar e nem o presente continuar!


Coletivo Vamos à Luta com a Chapa 88:
Para não deixar o passado voltar e nem o presente continuar!

         Certamente o ano de 2012 ficará marcado na história da educação brasileira. Estamos diante da maior greve na educação pública superior em resposta a décadas de sucateamento. Esse quadro se agrava ainda mais nestes dois anos de governo Dilma, onde em resposta à crise econômica, a presidenta tomou a opção de seguir pagando fielmente a dívida pública, deu isenção de impostos para os empresários e por outro lado cortou mais de 5 bilhões no orçamento da educação e orienta o corte de ponto das categorias grevistas.

         Na Universidade de Brasília é bastante evidente o descaso com a educação. Basta andar pela universidade para perceber o sucateamento potencializado por um processo de expansão precário, via Reuni, que não democratizou o acesso à universidade e expandiu os problemas existentes, como a falta de estrutura de várias unidades acadêmicas, os novos campi, a iluminação insuficiente, salas e laboratórios insalubres, R.U. que não atende mais a demanda da UnB, dentre outros.

         A assistência estudantil também é completamente insuficiente porque não atende toda a demanda e tampouco as necessidades dos/as estudantes baixa-renda e tem como objetivo não a permanência, mas suprir o déficit de profissionais (pela falta de concursos públicos) que existe na universidade, como é o caso da bolsa permanência com contrapartida trabalhista. 

            Os últimos anos tiveram uma importância política fundamental para a Universidade. Há quatro anos, a UnB esteve pautada nacionalmente em um escândalo de corrupção. Este esquema tinha como protagonistas a fundação privada FINATEC e o então reitor Timothy. O movimento estudantil deu a resposta correta: ocupou a reitoria até que o reitor e toda aquela gestão caísse. A partir dessa ocupação se abriu um novo processo de avanços democráticos na Universidade. Uma consequência direta da ocupação foi a paridade nas eleições da reitoria naquele ano. Nestas eleições houve uma participação massiva estudantil que levou a chapa encabeçada por Zé Geraldo a vitória. Passados quatro anos desta gestão, muitas expectativas de avanços no campo democrático foram frustradas. A grande promessa de se construir um Congresso Estatuínte paritário na UnB só ficou no discurso.

          Além disso, para nós do Vamos à Luta, essa foi uma gestão com problemas por ter compactuado com a direita tradicional da Universidade (hoje representadas nas chapas 83, 85 e 86) em relação ao recredenciamento das fundações privadas. Esses grupos representam o passado da universidade onde a corrupção e a elitização do conhecimento são os carro – chefes destes grupos.

         Não concordamos com a aplicação na UnB da  política do governo Lula/Dilma para a educação superior como a abertura  e expansão de cursos via Reuni sem garantia de estrutura adequada e  projeto político-pedagógico que de fato garantam a uma educação de qualidade. Também em relação ao projeto do governo Dilma de privatização e precarização do trabalho via EBSERH. Estes foram pontos onde a reitoria (hoje dividida nas chapas, 80, 82, 84 e 87) implementou a política do Governo Federal e que não houve polarização com os grupos da direita tradicional.

         Diante disso declaramos nosso apoio a Chapa 88 - Sadi reitor e Baiana vice - que mais se aproxima do projeto de universidade que defendemos: a Universidade pública, democrática, gratuita, laica, de qualidade, socialmente referendada e que esteja a serviço do povo.

       Por fim, não poderíamos deixar de expressar o nosso repúdio a postura da atual direção da Adunb de entrar na Justiça contra a paridade para as eleições para reitor. Não é a primeira vez que essa diretoria ataca a democracia da Universidade. A forma com que essa diretoria tenta (sem sucesso)  desmontar a greve através de urnas, secundarizando o debate político é um outro exemplo. Defendemos incondicionalmente a democracia. 

                 Por isso, estamos com Sadi e Baiana - chapa 88!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Apoio à ocupação da Reitoria da UnB

Greve geral em toda Federal!

          Os estudantes da Universidadede Brasília ocupam nesta terça-feira, 3 de julho, o gabinete do Reitor. Essa manifestação ocorre por melhorias nas políticas de assistência estudantil tais como: o fim da contrapartida trabalhista como critério para recebimento da bolsa de permanência; o maior número de bolsas-moradia; pagamento de indenização às/aos alunos do programa de assistência estudantil pelos dias nos quais o Restaurante Universitário esteve fechado; e a garantia do passe-livre estudantil durante agreve.
          A ocupação da Reitoriada UnB, assim como o ato unificado (estudantes, professores/as e técnicos administrativos) em frente ao Ministério da Educação, denominado 3-J, são respostas às realidades vivenciadas nas universidades públicas. 
          O 3-J foi uma data tirada na reunião ampliada do Comando Nacional de Greve Estudantil (CNGE), que aconteceu no dia 18 de junho, no Rio de Janeiro, como o dia em que ocorreria atos descentralizados em várias cidades pelo Brasil.
          Professores/as, técnicos/as administrativos e estudantes unificam o coro em defesa da educação pública que sofre constantes ataques do Governo Dilma, com os sucessivos cortes da educação que agravam a precarização das Universidades, nos seus espaços físicos, na assistência estudantil insuficiente, na falta de professores, na falta de programas de extensão e pesquisa que alcancem a toda comunidade acadêmica, etc.
          Essa situação agravou-se nos últimos anos com a implementação do Programa de Reestruturação das Universidades (REUNI), o qual prevê diretrizes e metas, que jamais poderão ser cumpridas sem que haja um giro profundo em como a educação é encarada no rol das políticas públicas. Aumentar vagas por si só, não garante a permanência do estudante na universidade, nem a qualidade da sua formação.
          Precisamos ser ouvidos/as e para isso, temos que colocar nossas caras nas ruas, questionar o porquê dos fatos. Devemos denunciar este governo que se recusa a negociar com os setores em greve. Quanto mais o governo endurece com os/as grevistas mais a greve cresce. Por isso é importante mobilizar ainda mais para a conquista de nossas reivindicações. Vamos à luta!
Isabela Aysha
Layane Carvalho

sexta-feira, 29 de junho de 2012


Boletim da Greve
COMANDO ESTUDANTIL DE GREVE – UnB
Nº02 | 27 de junho de 2012
A GREVE É NO BRASIL INTEIRO: A EDUCAÇÃO FEDERAL PAROU!
Mais de 85% das 59 Instituições Federais de Ensino Superior Público (IFES) já declararam greve docente. A tendência é crescer nas poucas que não aderiram à paralisação iniciada dia 17 de maio. Em no mínimo 30 destas IFES também foi deflagrada greve estudantil, e tantas outras estão em processos de mobilização. A categoria dos técnico-administrativos, que nacionalmente iniciou sua greve no dia 11 de junho, hoje alcança adesão em cerca de 100% das instituições. Dia 13 de junho também iniciou a paralisação dos servidores federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica que já tem adesão de no mínimo 28 seções sindicais da categoria Brasil afora.
Ou seja, temos hoje um quadro que se encaminha para uma GREVE GERAL NA EDUCAÇÃO FEDERAL no Brasil. E ninguém comprometido com a educação pública pode permanecer alheio a este crescente movimento, simplesmente ignorar este fato. Há que se entender o que se passa e mais: PARTICIPAR, pois somente a PARTICIPAÇÃO massiva na CONSTRUÇÃO deste movimento dará forças a ele para arrancar nossas reivindicações do Governo Federal.
GREVE GERAL NA UnB: AGORA AS AULAS DEVEM SER NAS RUAS!
Na UnB, além dos professores que estão em greve desde 21/05 e dos técnicos desde 11/06, a decisão pela greve estudantil foi aclamada instintivamente por cerca de 500 presentes na Assembleia Geral do dia 24/05, e referendada pelo voto favorável de 22 Centros Acadêmicos no CEB do dia 29/05. Esta decisão democrática em nossos fóruns deliberativos deve ser respeitada pela minoria e seguida com consequência por todos aqueles favoráveis. O que implica dizer que todos aqueles estudantes e CA’s favoráveis à greve devem colaborar com o possível para que esta luta seja efetiva. É essencial participar nas reuniões do Comando de Greve, nas atividades de vídeo, debate, “aulões” e manifestações públicas. O Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão da UnB (CEPE) já aprovou a suspensão das datas finais do nosso calendário acadêmico, o que significa que todas as aulas desde 21/05 terão de ser repostas caso seja requerido pelos estudantes. Isto significa uma garantia a mais para não comparecermos às aulas… e ingressarmos nesta forte luta.
PELO QUE LUTAMOS?
As pautas do segmento estudantil na UnB extrapolam o mero apoio aos professores – o que por si já bastaria, pois suas condições de trabalho refletem-se em nosso ensino e porque amanhã poderemos vir a ocupar seus postos -, convergindo, então, em três eixos: 1)melhoria na ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL, com ampliação da verba federal para a universalização das políticas de permanência com RUs, alojamentos, transporte e creche universitária, proibição da contrapartida de trabalho dos estudantes nas bolsas permanência e aumento de seu valor para o equivalente ao salário mínimo, atendendo toda demanda para que haja condições dignas de estudo; 2) maior FINANCIAMENTO PÚBLICO DA EDUCAÇÃO PÚBLICA, alcançando o patamar de 10% DO PIB; e 3)DEMOCRATIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE PODER na Universidade, com PARIDADEpara eleições de cargos executivos, sendo que na UnB esta pauta já está garantida para eleição de Reitor, faltando a briga para alcançarmos as eleições paritárias para diretores dos campi e para a composição também PARITÁRIA nos Conselhos Superiores e Colegiados de Curso.
MOBILIZAR CADA UNIVERSIDADE PARA SE UNIR NACIONALMENTE
Para não se isolar do processo nacional de greve, estudantes grevistas da UnB participaram de uma Marcha Nacional em Brasília dia 05/06 e, juntamente com as delegações de outras 40 Universidades, realizaram uma Plenária com cerca de 2 mil estudantes para formação de um Comando Nacional de Greve Estudantil (CNGE). O CNGE, que se propôs a ter delegados eleitos diretamente nas Assembleias Gerais de cada Universidade, foi efetivamente constituído no dia 18/06 em uma reunião no Rio de Janeiro, paralela à RIO+20, na qual participaram 53 delegados de 38 instituições e mais de 300 presentes. Os delegados do CNGE se instalarão de forma permanente em Brasília (na FE/UnB) a partir do dia 25/06 e darão encaminhamento a tarefas executivas para garantir a unidade nacional (como comunicação, negociações com o Governo, propaganda etc.).
No entanto, o CNGE NÃO SUBSTIUI a mobilização no chão de cada Universidade. Ao contrário, uma unidade nacional das pautas só tem razão e força para existir se cada uma das localidades estiver protagonizando ações unificadas que pressionem o Governo. E nós, estudantes da UnB, temos responsabilidade exemplar, pois estamos localizados no centro do poder político do Governo.
UM DESAFIO QUE MERECE NOSSA RESPONSABILIDADE
A tarefa será dura e exigirá paciência e muito empenho. O MEC já recebeu no dia 06/06, a solicitação de instalação de uma Mesa Nacional de Negociação com o CNGE, porém uma data ainda não foi confirmada. Não podemos depender da mesma “disposição” que o Governo vem demostrando na negociação com os professores e servidores, nas quais já desmarcou duas reuniões e até hoje não apresentou NENHUMA PROPOSTA sobre a reivindicação das categorias. Ou pressionamos efetivamente o Governo ou nada sairá: essa é nossa tarefa.
Os transtornos causados pela greve são a forma de fazer valer a voz de estudantes e trabalhadores perante as ingerências do Governo, que na “normalidade” de nossas atividades não nos escuta. Fugir a esta normalidade, portanto, é o único modo de lutar por melhores condições de estudo e trabalho para o nosso cotidiano. A greve já é um fato. A luta está aberta. E só a participação ativa dos estudantes poderá gerar forças pela vitória de nossas pautas, vitória que será para todos/as! TODOS/AS À GREVE!
Fique por dentro da greve. Participe das reuniões e atividades do Comando Estudantil de Greve da UnB, que passa a se reunir todas as segundas às 18h e quintas às 12h, no Ceubinho (Campus Darcy).
Blog: www.GREVEestudantilUNB.wordpress.com
Participe do ato de Greve da UnB pela Assistência Estudantil
3 de Julho
Concentração às 12h, no Ceubinho (Darcy)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Chamado à construção do Comando Nacional de Greve Estudanti

Carta Nacional aos/às Estudantes em Greve

 As Universidades brasileiras vivenciam um momento histórico. Em todos os cantos do país professoras/es se levantam contra as péssimas condições de trabalho e na defesa da reestruturação da carreira através de um poderoso e legítimo movimento de greve. Este sentimento de indignação diante do descaso em que vivem as universidades brasileiras também contagiou estudantes. Em várias partes do país, as assembleias estudantis têm sido massificadas, tirando não só o total e irrestrito apoio à pauta da greve das/os professoras/es, mas também deflagrando a GREVE ESTUDANTIL.

O processo de precarização da universidade vem se aprofundando ao longo de sua história, devido à má gestão, descaso e falta de financiamento público. Nos últimos 5 anos as universidades federais passaram por um processo de expansão via REUNI. Por um lado, a expansão das universidades é uma bandeira histórica do movimento estudantil, por outro lado, com o REUNI as contradições da universidade foram potencializadas: falta assistência estudantil (bolsas, restaurantes universitários, moradias, creches universitárias), professores/as efetivos/as, estrutura física e novos prédios, segurança nos campi e etc. Para as/os trabalhadores/as das universidades, muita sobrecarga de trabalho, com salas de aula superlotadas, professor/a efetivo/a contratado/a como temporário/a, escassez das bolsas de pesquisa e extensão, aumento médio de até 40% do número de horas-aula, a falta de plano de carreira digno.

Houve expansão de acesso, mas como fica a permanência? Assistência de verdade não é caridade. Porém, como garantir assistência de qualidade sem verbas suficientes? Queremos 10% do PIB para a educação! E, ainda, como garantir bom uso dos recursos sem democracia nas decisões? Queremos paridade!
Diante do cenário das mobilizações locais, um desafio para o movimento estudantil combativo está colocado: a nacionalização das pautas transversais a todas as Greves Estudantis. Já que estudamos em Universidades Federais, acreditamos que a unidade nacional entre as/os estudantes em Greve (ou em outro estágio de mobilização) deverá fortalecer as reivindicações que possuem como centro o Governo Federal e sua política educacional. Não basta nos debatermos com nossas Reitorias, temos que fazer isso e ir além: identificar a causa comum de nossas lutas locais e combate-la com firmeza.

Para tanto, o Comando de Greve Estudantil da UnB convoca as/os estudantes de todas as Universidades brasileiras em Greve e em pé de luta para que possamos construir um Comando Nacional de Greve Estudantil (CNGE). Esta é uma oportunidade ímpar para a reorganização nacional das/dos estudantes de forma autônoma ao Governo. Por isso insistimos que todos os Comandos Locais de Greve Estudantil possam se organizar e enviar suas delegações junto às caravanas que protagonizarão no dia 5 de Junho um Ato Nacional dos Servidores Públicos Federais em Brasília.

Devemos, portanto, organizar e discutir esta proposta em nossas bases locais, unificar nacionalmente as nossas pautas – como assistência estudantil, financiamento público da educação e democracia –, incorporar um permanente diálogo com CNG da ANDES-SN e partir para a batalha. O próximo dia 05 será um dia essencial para essa luta, onde estarão presentes as/os servidores/as públicos/as federais, entre eles/as colegas professores/as em greve e técnico-administrativos/as. E as/os estudantes grevistas também devem se fazer presentes.

Pela Construção de um Comando Nacional de Greve Estudantil
 
Brasília, 31 de Maio de 2012
Comando de Greve Estudantil da UnB
greve.estudantil.unb@gmail.com

terça-feira, 22 de maio de 2012

Nota do coletivo Mobiliza UnB em Apoio à Greve: uma visão diferente à do DCE

 Nota do coletivo Mobiliza UnB em Apoio à Greve: uma visão diferente à do DCE

O cenário : 42 Universidades federais deflagraram greve desde o dia 17/05. A expectativa é de que até o final dessa semana, tenhamos uma adesão em torno de 50 universidades. Há décadas não vemos uma paralização nacionalizada dessa magnitude entre os professores do ensino superior.

A explosão da greve teve como estopim o não cumprimento por parte do governo Dilma do acordo em relação ao plano de carreira dos/as docentes. Porém, o sentimento de indignação com o caos que está a educação para professores, técnicos, estudantes e para a população foi o motivo principal para que essa greve fosse deflagrada pelo país inteiro.

Diante dessa situação, devemos fazer a seguinte reflexão: qual é a real situação das Universidades e da educação no Brasil? Para nós estudantes, a situação não vai nada bem. Nos deparamos com salas de aula lotadas, bibliotecas defasadas, R.U lotado (quando está aberto), bolsas permanência e moradia estudantil insuficientes, além de uma estrutura precária. Para os/as professores, a situação também é difícil, pois sofrem com o corte no número de bolsas para pesquisa e extensão, aumento da carga horária, déficit no quadro. Essa situação somente se agrava com os duros cortes que a educação sofreu nesses dois anos de governo Dilma.

Vivemos uma situação grave na educação. Escutamos por parte do governo os triunfos do Brasil ser a sexta economia do mundo, porém os problemas históricos da educação não melhoram. A fratura continua exposta. Enquanto vemos cachoeiras de dinheiro público esparramados nas mãos de governantes, empreiteiras e banqueiros, temos de conviver com uma universidade que inunda em tempos de chuva, que vai formar estudantes sem campus e que não atende às pautas básicas da assistência estudantil.

Não é por menos que os/as estudantes estão também declarando seu total apoio à greve. Muitas inclusive aprovaram greves estudantis não só em solidariedade à luta dos/as professores, mas também com pautas próprias, como é o caso da UFU, UFRRJ, UFF, entre outras.

Infelizmente, nosso DCE sequer faz o chamado a uma assembléia. Mais do que isso, adota um posicionamento que vai na contramão daqueles/as que defendem a educação ao afirmar que os estudantes são os mais prejudicados, principalmente os que dependem da assistência estudantil. Nossa diferença com o DCE é que achamos que a situação como está é o que de fato prejudica a todos/as. Por isso, é o momento de nos somarmos à mobilização, pois professores ou estudantes, compartilhamos o mesmo sentimento de indignação.

Ainda em sua nota, o DCE diz que a greve é banal. Nós discordamos. Banal é o número da repartição do PIB dada à educação. Menos de 5%! Do Orçamento Geral da União, somente 3% é destinado à educação, enquanto 47% vai para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública. Isso sim é banal, DCE.
Achamos plausível e necessário que se façam análises da situação bem como da movimentação para que se possa mudá-la, mas não achamos digno querer dizer como uma categoria da qual não fazemos parte, no caso à dxs Docentes, deve se organizar. Cabe à categoria, em sintonia e diálogo com a comunidade, essa decisão. Portanto, percebemos que a organização de uma greve, decidida em espaços legitimamente construídos, é muito justa.

Por achar que está na hora de levantarmos para defender uma educação pública, gratuita e de qualidade é que apoiamos totalmente a greve dos/as professores e mais do que isso, nos somamos a sua luta por entender que essa também é uma luta nossa.

Todo Apoio à Greve!
Por uma Assembléia Geral na UnB!
Pela Construção de uma Pauta Estudantil!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Porque Rejeitar a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares no HUB



Desde o governo FHC, os Hospitais Universitários do Brasil vem sofrendo com um enorme déficit de pessoal. Sem a realização de concursos públicos, a alternativa encontrada pelas universidades para suprir a demanda foi a terceirização, contratando funcionários através das fundações de apoio. Acontece que segundo o Tribunal de Contas da União (TCU) essa é um pratica ilegal. Em 2006, o órgão diagnosticou que mais de 26 mil servidores estavam em situação irregular. A partir disso, foi dado um prazo ate o fim de 2010 para que o governo resolvesse a situação. Desde então, nada foi feito, ate que no dia 31 de dezembro, no ultimo de dia de seu mandato, o ex-presidente Lula lançou a MP-520, que criava a EBSERH. A MP foi rejeitada pela câmara dos deputados, mas logo voltou como projeto de lei sendo aprovado pelo senado em dezembro de 2011 com enorme apoio do governo Dilma.
O que é a EBSERH?
A EBSERH é uma empresa publica de direito privado, com capital e patrimônio próprio e autonomia administrativa, do tipo SOCIEDADE ANÔNIMA. Suas receitas podem ser oriundas do orçamento da união e PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, da ALIENAÇÃO DE BENS, de APLICAÇÕES FINANCEIRAS, DIREITOS PATRIMONIAIS (alugueis, foros) e DOAÇÕES de origem pública ou privada. Ela implementará metas de desempenho e prazos na gestão. Isso deixa claro que quem definirá o modus operandi no HUB: interesses privados Para resolver o problema da terceirização dos servidores, querem terceirizar o hospital todo!

O IMPACTO DA EBSERH PARA OS SERVIDORES TÉCNICO-ADMINISTRATIVOS.
Com a contratação da EBSERH estarão totalmente extintos os concursos públicos para o HUB. A empresa tem liberdade de contratar pessoal, em contratos do tipo CLT, com 2 anos de duração, renováveis por no máximo mais 2. Isso levará a perda de estabilidade, aumento da rotatividade, flexibilização das relações trabalhistas e redução a liberdade de organização e reivindicação dos trabalhadores. Outro ponto problemático é que os servidores concursados poderão ser cedidos a empresa, porem o ônus continuará sendo da universidade. Ou seja: menos direitos para os servidores e precarização dos serviços prestados!

O IMPACTO DA EBSERH PARA O ENSINO E PARA OS ESTUDANTES.

Hoje em dia o HUB já vive uma situação crítica com relação ao ensino. Estudantes de diversos cursos da Saúde tem dificuldade em conseguir estágios, muitas vezes tendo que buscar alternativas em outros hospitais. Com a EBSERH, esse processo tende a se agravar, porque poderemos ter profissionais sem vínculo com a universidade e sem obrigações de ensino trabalhando no hospital. Além do mais, não há garantia nenhuma de que o ensino será priorizado pela gestão do hospital, devido às metas de desempenho e a realocação de pessoal e gastos. O que pesará mais para empresa, o desempenho da gestão ou a prioridade ao tripé ensino-pesquisa-extensão?
O IMPACTO DA EBSERH PARA A UNIVERSIDADE.
A contratação da EBSERH para gerir o HUB prejudica claramente a autonomia universitária. A  empresa desvincula indiretamente os hospitais da universidade, já que terá o poder para firmar contratos, convênios, contratos com pessoal técnico, definir processos administrativos internos e definir metas de gestão. O hospital vira um prestador de serviços, e não uma unidade acadêmica. Ao empregar o fetiche da gestão privada, da eficiência e das metas, não há garantia de que o HUB cumprirá com qualidade os princípios indissociáveis do ensino, pesquisa e extensão, caso esses setores não sejam economicamente interessantes para a empresa. Além disso, como a empresa poderá gerar lucros e prestar serviços, a pesquisa nesse novo modelo pode perder a independência, podendo se tornar fortemente direcionada pelo setor privado através de convênios, e não mais pelo interesse da população e da saúde publica. Onde fica o compromisso da universidade com a formação e com a transformação?

Pela Defesa do Caráter Público dos Hospitais Universitários!



terça-feira, 15 de maio de 2012

Queremos mais verba para educação e mais verba para assistência estudantil!


Queremos mais verba para educação e mais verba para assistência estudantil!

Não é o MEC quem deve dizer o quanto a universidade receberá na medida em que amplia, mas a própria universidade é que deve reivindicar a verba que é necessária para que a/o estudante possa permanecer estudando com qualidade! Temos ou não temos autonomia universitária???

1) BOLSA PERMANÊNCIA


1.1 MODIFICAÇÕES A SEREM FEITAS NO PROGRAMA DE BOLSA PERMANÊNCIA
- Desvinculação de qualquer contrapartida trabalhista
(paliativos[1]: 1) Enquanto estivermos fazendo projetos vinculados ao programa de permanência, que esses projetos sejam contabilizados no nosso currículo, ou seja, que possa ter a mesma equivalência a um PIBEX, PIBIC, PROIC, etc. 2) Mudança na forma de acompanhamento da frequência do programa).
- Permissão do acúmulo de Bolsa Permanência com outras bolsas de caráter meritocrático (PIBIC, PIBEX, monitoria, etc).
- Inclusão de necessidade de reajuste anual do valor da Bolsa Permanência na resolução do programa.

1.2 SOBRE O EDITAL
- A quantidade de bolsas ofertadas deve ser tal que toda/o estudante grupo 1 ou 2 que pedir Bolsa Permanência seja contemplada/o![2]
- Exigimos ser ouvidxs no processo de elaboração do Edital[3].
- Que o edital seja lançado semestralmente junto ao período de matrícula.
- Questionário socioeconômico deve ser feito no ato da matrícula para agilizar o processo de seleção socioeconômica dos/as estudantes.

2) ALIMENTAÇÃO


2.1 MODIFICAÇÕES A SEREM FEITAS NO PROGRAMA DE BOLSA ALIMENTAÇÃO
- Entrada gratuita ao RU para todas/os estudantes de grupo 1 e 2[4].
- Cumprimento do acordo feito na MNPE quanto ao recebimento do auxílio alimentação nos dias em que não tiver compromisso na universidade para estudantes inseridos/as no PME (Programa de moradia estudantil).

2.2 QUANTO AO MAU FUNCIONAMENTO DO RU NO CAMPUS DARCY RIBEIRO


- Pagamento de indenização a todxs estudantes de grupo 1 e 2 pelos recentes fechamentos do RU (15 reais por dia de RU fechado).
-  Apoiamos as reivindicações dos trabalhadores do RU e exigimos isonomia de salário e de direitos em relação aos funcionários concursados, bem como a diminuição da taxa de lucro das empresas terceirizadoras (medida paliativa).
- Reivindicamos o fim da terceirização na UnB[5]
- Reivindicamos o funcionamento das catracas e declaramos que não queremos ficar nos humilhando para conseguir entrar no RU através da exigência de comprovantes e atestados de pobreza diversos exigidos pela administração.

2.3 AMPLIAÇÃO DO RU


- Construção do RU em todos os campi da UnB
(paliativo: pagamento de auxílio alimentação a todos/as os/as estudantes, não só grupo 1 e 2) [6]
- Reivindicamos participação nas discussões a cerca da expansão do RU no Campus Darcy Ribeiro.

3) MORADIA

3.1 PROGRAMA DE MORADIA ESTUDANTIL


- Que seja divulgado na SECOM que TODX estudante de grupo 1 e 2 tem direito a solicitar bolsa moradia, mesmo que more no DF ou no entorno.
- Cumprimento dos acordos feitos na Mesa de Negociação Permanente: que a sala prometida para organização da AMCEU seja concedida e que o laboratório de informática prometido seja definido e comece a funcionar!
a) BOLSA ALUGUEL: Aumento IMEDIATO do valor da bolsa com base no IGPM - Cumprimento da Cláusula Nona do Contrato entre a FUB e os estudantes que participam do programa de moradia estudantil.
b) APARTAMENTOS ALUGADOS PELA FUB
- Não permitiremos NENHUM fechamento de apartamento!
- Que a quantidade de pessoas por apartamento seja definida pela divisão do valor do alguel pelo valor da bolsa moradia[7]

3.2 EDITAL DO PROGRAMA


- Ampliação imediata das vagas da moradia estudantil[8]
- Ampla divulgação do Edital
- Discussão do Edital com estudantes[8]
- Que o edital seja lançado junto ao período de matrícula.

3.3 REFORMA DA CEU e CONSTRUÇÃO DOS NOVOS BLOCOS


- Criação da comissão de acompanhamento das obras da reforma e estabelecimento de prazos.
- Início das obras dos novos blocos, JÁ!

4) TRANSPORTE E SEGURANÇA

4.1 TRANSPORTE INTERNO DO DARCY RIBEIRO
- Rediscussão da rota (que vá até a L2 durante o dia inteiro e até a rodoviária do plano em determinados horários)[9].
- Ampla divulgação em todas as paradas do campi.
- Estabelecimento de horários para cada parada[10]

4.2 TRASNPORTE INTERCAMPI
- Rediscussão do itinerário e dos horários junto axs usuárixs!

4.3 TRANSPORTE PÚBLICO DO DF


a) PASSE LIVRE ESTUDANTIL
- Posto permanente de atendimento do Passe Livre no Campus Darcy Ribeiro.
- Que os departamentos da UnB concedam uma declaração de tempo integral dx estudante da UnB, porque estudar não é só sala de aula.
b) LINHAS DE ONIBUS
- Reivindicamos aumento da frota do 110
- Reivindicamos aumento do número de linhas que adentram a UnB para contemplação de mais RAs (Regiões Adiministrativas)

5) TRANSPARÊNCIA

5.1 QUANTO AO ATENDIMENTO DA DDS A/AO ESTUDANTE
- Divulgação da Ouvidoria da UnB (local e horário de funcionamento) através de cartazes expostos na DDS.


5.2 DADOS SOBRE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL
- Exigimos saber: para onde vai o dinheiro que a UnB arrecada com o aluguel de imóveis no DF?
- Quanto do orçamento da FUB é destinado a assistência estudantil? Quanto vem pelo PNAES? Quanto vem pelo REUNI especificamente para Assistência Estudantil? Que outros meios de financiamento a UnB tem para Assistência Estudantil?
- Quantos estudantes atualmente estão classificadxs socioeconomicamente nos grupos 1 e 2? E qual foi a taxa de crescimento dos últimos anos (gestão Zé Geraldo)?

5.3 QUANTO A CLASSIFICAÇÃO SOCIOECONOMICA
- Fim da divisão entre grupo 1 e 2
- Transparência quanto aos critérios de avaliação socioeconômica geral e para todos os programas.



[1] Enquanto a mudança não for efetivada, estas duas medidas devem ser implementadas.
[2] Isso foi acordado no Orçamento Participativo do PNAES!
[3] Ao final de cada semestre, para que o mesmo esteja pronto no período de matrícula seguinte.
[4] Já foi solicitado na 125ª reunião da CAC, um estudo de viabilidade econômica dessa proposta, mas até agora não obtivemos resposta.
[5] Com a manutenção dos/as atuais trabalhadores/as contratados/as.
[6] Esta é uma questão de isonomia entre os cami, pois o Restaurante Universitário não serve somente a estudantes de grupo 1 e 2 e sim a qualquer estudante.
[7] Exemplo: valor do aluguel: 2040 reais, valor da bolsa: 510, logo, 4 moradoras/es.
[8] Ao final de cada semestre, para que o mesmo esteja pronto no período de matrícula seguinte.
[9] Sem fazer paradas fora da zona da universidade - a parada em frente ao HUB na L2 ainda é zona da universidade.
[10] A exemplo do ônibus do CCBB.
 

Assinam a nota:

Centros Acadêmicos:

Diretório Central dos Estudantes
Centro Acadêmico de Serviço Social
Centro Acadêmico de Comunicação
Centro Acadêmico de Medicina
Centro Acadêmico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Centro Acadêmico de Turismo
Centro Acadêmico de Relações Internacionais
Centro Acadêmico Pedagogia do Oprimido
Centro Acadêmico de Engenharia Florestal
Centro Acadêmico de Engenharia de Computação
Centro Acadêmico de Museologia
Centro Acadêmico de Direito
Centro Acadêmico de Ciências Ambientais
Centro Acadêmico de Psicologia
Centro Acadêmico de Artes Cênicas
Centro Acadêmico de Letras
Centro Acadêmico de Biblioteconomia
Centro Acadêmico de Engenharia Ambiental
Centro Acadêmico de LEA –MSI

Coletivos e Organizações:

Coletivo Juntos Somos Mais
Oposição CCI ao DCE UnB
Coletivo Há Quem Pense Diferente
Coletivo Juntos
Coletivo Vamos à Luta
Coletivo Mobiliza UnB
Assembléia Nacional dos Estudantes Livres
União Nacional dos Estudantes
União da Juventude Socialista