terça-feira, 24 de abril de 2012

PLENÁRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS E LUTAS POPULARES DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO

PLENÁRIA DOS MOVIMENTOS SOCIAIS E LUTAS POPULARES DO DISTRITO FEDERAL E ENTORNO

CARTA À POPULAÇÃO

O Poder do Povo vai fazer um Mundo Novo!

Ao completar 52 anos, Brasília, uma jovem cidade situada no espaço mais desigual do país, já apresenta os graves problemas de uma grande capital. Moradorxs do Distrito Federal e Entorno tem encontrado, cotidianamente, desde a precariedade do transporte público até a criminalização dos movimentos sociais. Nesse cenário, diversas mobilizações tem se constituído a partir de um olhar mais crítico para os problemas sociais do DF e Entorno, valorizando-se o acúmulo dos processos de resistência das diversas lutas populares da região.

A partir da resistência indígena dos pioneiros e candangos Tapuyas do Santuário dos Pajés frente à construção do luxuoso (e “ecológico”) Setor Noroeste, várias organizações sociais se reuniram no dia 03/12/11 para discutir a questão territorial e o problema da especulação imobiliária do Distrito Federal. Esse mote norteou uma melhor compreensão da situação crítica e histórica de um DF fundamentado na desigualdade e exclusão social, desde a própria construção da Capital.

Este diálogo fortaleceu a rearticulação de diferentes movimentos sociais e lutas populares, pautando-se na construção da luta conjunta contra o capital e o fortalecimento do poder popular com diversificada participação da sociedade. A articulação dos movimentos sociais e lutas populares do DF e Entorno tem demandado a convergência de nossas pautas e fortalecimento dos processos de resistência e conquista, numa construção efetiva, autônoma e anti-capitalista do poder popular.

Nos solidarizamos com a luta dos movimentos pela terra e pela moradia! Considerando o histórico déficit habitacional no DF, e o fato de o GDF ainda não ter uma política de construção de moradias populares, mesmo após mais de 1 (um) ano de governo, temos o orgulho de defender as ocupações promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e por todos os movimentos populares do DF. Enquanto morar for um privilégio, ocupar será um direito!

Nossas pautas e demandas são concretas. Ademais, juntas são capazes de avançar rumo a novo projeto de sociedade, capaz de enfrentar os verdadeiros desafios do DF e entorno: a imensa desigualdade social (a maior do país), a necessidade de organização e protagonismo das classes populares e de construção de uma cidade que fortalece direitos, culturas e a integração.

Pelo fim da homofobia;
Pelo fim do racismo;
Pelo fim da opressão machista e da violência contra as mulheres;
Pela segurança dos direitos, justiça histórica e autonomia dos povos indígenas e por uma Brasília Multiétnica;
Pelo reconhecimento da Territorialidade Indígena Tapuya do Santuário dos Pajés no DF, e pela Demarcação da Terra Indígena do Santuário dos Pajés;
Por uma política de valorização da cultura popular e incentivo à juventude da periferia do DF;
Pelo fim da criminalização ambiental no DF e entorno e comprensão de que quem destrói o meio ambiente são as empresas e não o povo;
Por saúde e transporte de qualidade para toda população do DF e entorno;
Por uma política de construção de moradias populares no DF e entorno;
Pela reforma agrária, justiça social e soberania popular;
Pelo direito de greve aos professores e professoras em luta no DF e entorno em prol de salários dignos e por uma educação pública de qualidade;
Por condições de trabalho mais humanas e melhor assistência à saúde dx trabalhadorx, com reconhecimento do nexo causal adoecimento/atividade;
Pela garantia e ampliação dos direitos trabalhistas e não subordinação do trabalho ao capital;
Pelo fim da criminalização dos movimentos sociais;

Pela construção do Poder Popular

E pelo Distrito Federal e Entorno que queremos, nos unimos e lutamos!

Acampamento Novo Pinheirinho, Ceilândia-DF, 21 de abril de 2012.


Assinam esta Carta:

Assessoria Jurídica Popular (AJUP-DF)
Associação Cultural Povos Indígenas (ACPI) – Organização Índígena da Comunidade Tapuya do Santuário dos Pajés 
Associação Popular de cultura e Educação (APOCE-DF)
Centro Acadêmico de Letras/UnB
Centro de Estudos Bíblicos (CEBI)
Coletivo Rodamoinho
Comitê Popular da Copa-DF
Consulta Popular
Convergência de Grupos Autônomos (CGA)
Esquerda Bancária
Fórum de Mulheres do Distrito Federal
Jornal O Miraculoso
Junt@s Somos Mais – Coletivo Estudantil
Marcha das Vadias-DF
Movimento de Educação e Cultura da Cidade Estrutural (MECE)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST-DF)
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST-DF)
O Santuário não se move! – Movimento pela manutenção do Santuário dos Pajés
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL-DF)
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU)
Unidos pra lutar – Associação Sindical
Vamos à luta – Coletivo Estudantil

domingo, 22 de abril de 2012

Vamos à Luta Presente na Marcha Contra a Corrupção



Ô Agnelo, quanta sujeira! Se afogou na cachoeira!

No dia 21 de abril, várias cidades organizaram marchas para dizerem basta á corrupção. Em Brasília, o sentimento de indignação aos recentes escândalos do bicheiro Cachoeira que envolvem tanto o governador Agnelo Queiroz (PT), quanto o senador "paladino da ética" segundo a revista Veja, Demóstenes Torres (ex DEM) e a empreiteira Delta (empresa que mais recebeu recursos do governo federal para executar obras do PAC) levou mais de dez mil pessoas a ocuparem a esplanada dos ministérios.

Apesar dos organizadores da marcha (os únicos que falavam no carro de som) ignorarem que esses escândalos também envolvem o governador de nossa cidade e muitas vezes colocavam músicas de festa durante o percurso em vez de politizar a passeata, nós do coletivo Vamos à Luta pautamos, através de nossas palavras de ordem, o absurdo que é termos um governador que prometeu um "novo caminho", mas que se mostra um belo aprendiz do legado Roriz e Arruda. 

Além disso, não poderíamos esquecer de uma das lutas mais importantes e que se enfrenta diretamente com esse governo: a greve dos professores. Mesmo os organizadores da marcha terem proibido que o comando de greve falasse ao microfone, o coletivo Vamos à Luta cantou palavras de ordem de apoio a esses trabalhadores. É um absurdo Agnelo alegar que não há dinheiro para educação ao mesmo tempo em que está envolvido em tanta prodridão! Ignorar a existência de uma luta tão importante quanto essa é concordar com o discurso falacioso deste governo.

A luta contra corrupção é de extrema importância, pois ela revela que o jogo de interesses do Estado, dos banqueiros e das grandes empresas está em detrimento dos interesses do povo. Sempre escutamos dos diferentes governos, seja do PSDB ou do PT, que não há verbas o suficiente para a saúde, educação ou moradia e que é necessário cortar verbas dessas áreas, como fez recentemente Dilma Roussef. Porém, o dinheiro da corrupção e o que é passado do Estado para empreiteiras ou para os banqueiros, através da dívida pública, nunca falta. Por isso, a luta contra corrupção é também uma luta por uma democracia real. É necessário darmos o exemplo dessa democracia nas próximas marchas, não cerceando o direito dos participantes se expressarem livremente, através de camisetas, faixas e falas no carro de som, ao contrário do que faz a organização da marcha. Tais atitudes se assemelham muito ao conservadorismo da ditadura militar, pois somente aos donos do poder interessa calar a boca do povo e proibir a livre organização e estes certamente são nossos inimigos.


Fora Agnelo e todos os Corruptos!


Salário de Parlamentares com base no  Salário Mínimo!


Corrupção deve ser Crime Hediondo! 


Transparência nas contas do Estado!


Finaciamento Público e Transparência  nas Campanhas para que as grandes empresas não mandem na política!

Só a mobilização muda! 
 Vamos à Luta!

Moção de apoio ao acampamento Novo Pinheirinho


O coletivo Vamos à Luta e a Associação sindical Unidos pra Lutar apoiam o acampamento Novo Pinheirinho do MTST em Ceilândia-DF pois reconhecemos a total legitimidade da luta por moradia.
Os governos Agnelo/Dilma tanto em nivel distrital como em nivel federal não atendem às revindicações de quem não possui moradia. Pelo contrario, principalmente em um contexto de preparação para a Copa do Mundo, desapropria milhares de famílias e corta verbas das áreas sociais. 
A politica de moradia feita por estes governos não atende a população de baixa renda mas favorece a especulação imobiliária  e grandes empreiteiras fechando os olhos para o povo trabalhador que tem direito a moradia. Por essas razões apoiamos totalmente essa luta que também é nossa!

Viva o Novo Pinheirinho!


terça-feira, 17 de abril de 2012

Brasilia não merece o Agnulo!


Infelizmente, a população do DF acreditou em Agnelo e seu discurso de fazer um novo caminho. Uma das principais promessas foi a melhoria de vida da população resolvendo os problemas de saúde,  educação e  segurança pública.
Mas hoje vemos o DF na beira do caos. Vêm aumentado os índices de criminalidade, faltam médicos nos pronto socorros, mortes  por descaso em UTI’s, engarrafamentos cada vez maiores,  déficit de moradia e greve dos professores porque o governo não cumpriu um acordo com a categoria e agora tenta criminalizar chamando-os de imorais, mas negocia com criminosos  como  o Bicheiro Cachoeira.
Enquanto a cidade padece, o governo gasta mais de 1,2 bi na construção do Mané Garrincha que virará um elefante branco e depois será privatizado. Gasta milhões em propaganda para mostrar que Brasília está mudando para melhor, mas a população não é boba e reflete na pesquisa da O&P Brasil na qual mais de  60 % dos entrevistados consideram o governo  ruim ou péssimo.
 Está na hora de novamente sair da "caverna", como foi no fora Arruda, dissipar as sombras e conhecer o mundo das idéias, onde o que existe é uma população que necessita de atenção, de hospitais, de escolas, moradia, de transporte digno e de qualidade.
O governador ainda não se explicou sobre o escândalo do Ministério do Esporte e da ANVISA, agora parte do secretariado está envolvido com o Bicheiro Carlinhos Cachoeira, que pode-se configurar um novo mensalão no DF, já que há evidencias de que empresas foram beneficiadas por meio do pagamento de propina para o alto escalão do governo.
Vamos à Luta no aniversario de Brasília, com o espírito indignado, demonstrar que não aceitamos governos corruptos e mentirosos e por isso exigimos o impeachment de Agnelo e todo seu governo!

sábado, 14 de abril de 2012

Aumenta a resistência à Ebserh.

Mesmo com a aprovação da lei 1749/11, que criou a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), cada Conselho Universitário (Consuni) de instituições federais que tenham em suaestrutura um ou mais hospital universitário e de ensino (HUE) tem que avaliar se vai aceitar ou não a empresa. Em todo o Brasil, os defensores da saúde pública têm se mobilizado para que a os conselhos desaprovem a Ebserh.

De acordo com a Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, a pressão da comunidade universitária tem adiado a aceitação da Ebserh pelos Consuni.

Em Uberlândia, a comunidade universitária realizou um ato na porta da reitoria no dia 30 de março para pressionar o Conselho Universitário a retirar da pauta a autorização para a implementação do Ebserh no hospital universitário da Universidade Federal de Uberlândia. Devido a essa manifestação, o Conselho aprovou a retirada do ponto de pauta para que as comunidades acadêmica e externa debatam melhor a questão antes de tomar a decisão.

Na UFMG, no dia 14 de março, os técnicos e estudantes também realizaram um ato público em frente da reitoria e ocuparam a sala onde seria realizada a reunião do Conselho. A reitoria, então, realizou a reunião em outro local, onde o Consuni aprovou o contrato com a Ebserh.

Na UFPB, devido à eleição para reitor, não há movimentação por parte da reitoria e da direção do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) acerca da adesão a Ebserh.

Até o momento, a Adufrj, em conjunto com o Diretório Central dos Estudantes (DCE), tem articulado debates para pressionar o Conselho Universitário para a não-adesão à Ebserh. No Instituto de Estudos em Saúde Coletiva, a Congregação se reuniu e votou uma moção contrária a empresa de administração dos hospitais. Houve também manifestação contrária da Congregação da Escola de Enfermagem.

O Consuni da Universidade Federal de Alagoas está debatendo o novo regimento do hospital universitário. Na votação sobre o regimento, o Fórum Alagoano em Defesa do SUS conseguiu articular dentro do Conselho alguns apoiadores da luta contra a Ebserh, fortalecendo a trincheira contra a privatização do HU, única estrutura terciária do estado de Alagoas.

Na UFPR, a luta está sendo articulada pela Apufpr-SSind, pelo sindicato dos técnicos-administrativos da universidade e pelos centros acadêmicos, especialmente de enfermagem, medicina, biologia e psicologia e por coletivos estudantis. Em breve será publicado jornal informativo acerca do tema e alertando para a importância da defesa do HC-UFPR e da necessidade de o Conselho Universitário não aprovar a Ebserh.

Também aumenta, a cada dia, a adesão de mais entidades ao manifesto elaborado pela Frente Nacional contra a Privatização da Saúde contra a Ebserh. Já são mais de 122 entidades nacionais e regionais e unidades de ensino que assinaram o documento. O manifesto (pode ser lido aqui) denuncia que a Ebserh é uma afronta ao caráter público dos hospitais universitários e um desrespeito à autonomia universitária, além de apresentar outros problemas.
Fonte:ANDES-SN