segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Coletivo Vamos à Luta com a Chapa 88: Para não deixar o passado voltar e nem o presente continuar!


Coletivo Vamos à Luta com a Chapa 88:
Para não deixar o passado voltar e nem o presente continuar!

         Certamente o ano de 2012 ficará marcado na história da educação brasileira. Estamos diante da maior greve na educação pública superior em resposta a décadas de sucateamento. Esse quadro se agrava ainda mais nestes dois anos de governo Dilma, onde em resposta à crise econômica, a presidenta tomou a opção de seguir pagando fielmente a dívida pública, deu isenção de impostos para os empresários e por outro lado cortou mais de 5 bilhões no orçamento da educação e orienta o corte de ponto das categorias grevistas.

         Na Universidade de Brasília é bastante evidente o descaso com a educação. Basta andar pela universidade para perceber o sucateamento potencializado por um processo de expansão precário, via Reuni, que não democratizou o acesso à universidade e expandiu os problemas existentes, como a falta de estrutura de várias unidades acadêmicas, os novos campi, a iluminação insuficiente, salas e laboratórios insalubres, R.U. que não atende mais a demanda da UnB, dentre outros.

         A assistência estudantil também é completamente insuficiente porque não atende toda a demanda e tampouco as necessidades dos/as estudantes baixa-renda e tem como objetivo não a permanência, mas suprir o déficit de profissionais (pela falta de concursos públicos) que existe na universidade, como é o caso da bolsa permanência com contrapartida trabalhista. 

            Os últimos anos tiveram uma importância política fundamental para a Universidade. Há quatro anos, a UnB esteve pautada nacionalmente em um escândalo de corrupção. Este esquema tinha como protagonistas a fundação privada FINATEC e o então reitor Timothy. O movimento estudantil deu a resposta correta: ocupou a reitoria até que o reitor e toda aquela gestão caísse. A partir dessa ocupação se abriu um novo processo de avanços democráticos na Universidade. Uma consequência direta da ocupação foi a paridade nas eleições da reitoria naquele ano. Nestas eleições houve uma participação massiva estudantil que levou a chapa encabeçada por Zé Geraldo a vitória. Passados quatro anos desta gestão, muitas expectativas de avanços no campo democrático foram frustradas. A grande promessa de se construir um Congresso Estatuínte paritário na UnB só ficou no discurso.

          Além disso, para nós do Vamos à Luta, essa foi uma gestão com problemas por ter compactuado com a direita tradicional da Universidade (hoje representadas nas chapas 83, 85 e 86) em relação ao recredenciamento das fundações privadas. Esses grupos representam o passado da universidade onde a corrupção e a elitização do conhecimento são os carro – chefes destes grupos.

         Não concordamos com a aplicação na UnB da  política do governo Lula/Dilma para a educação superior como a abertura  e expansão de cursos via Reuni sem garantia de estrutura adequada e  projeto político-pedagógico que de fato garantam a uma educação de qualidade. Também em relação ao projeto do governo Dilma de privatização e precarização do trabalho via EBSERH. Estes foram pontos onde a reitoria (hoje dividida nas chapas, 80, 82, 84 e 87) implementou a política do Governo Federal e que não houve polarização com os grupos da direita tradicional.

         Diante disso declaramos nosso apoio a Chapa 88 - Sadi reitor e Baiana vice - que mais se aproxima do projeto de universidade que defendemos: a Universidade pública, democrática, gratuita, laica, de qualidade, socialmente referendada e que esteja a serviço do povo.

       Por fim, não poderíamos deixar de expressar o nosso repúdio a postura da atual direção da Adunb de entrar na Justiça contra a paridade para as eleições para reitor. Não é a primeira vez que essa diretoria ataca a democracia da Universidade. A forma com que essa diretoria tenta (sem sucesso)  desmontar a greve através de urnas, secundarizando o debate político é um outro exemplo. Defendemos incondicionalmente a democracia. 

                 Por isso, estamos com Sadi e Baiana - chapa 88!

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