Nem Márcia nem Ivan falam em nosso nome:
Vamos à Luta vota nulo nesse segundo turno!
Nos
próximos dias 11 e 12/09 ocorrerão o 2º turno das eleições para
a reitoria da UnB. Concorrem duas chapas: Chapa 80 encabeçada pela
ex-decana da gestão José Geraldo, Márcia Abraão e a Chapa 86 de
Ivan Camargo que foi decano na gestão Lauro/Timothy.
O
coletivo Vamos à Luta apresenta sua análise e o porquê votar nulo
nesse segundo turno.
Com Sadi e Baiana
No
1º turno apoiamos a chapa 88 -Sadi e Baiana por representar o
projeto de universidade que defendemos: a Universidade pública,
democrática, gratuita, laica, de qualidade, socialmente
referenciada; Por ter uma posição crítica à política do governo
Lula/Dilma e ao projeto de privatização e precarização dos
hospitais universitários via EBSERH. Também porque era uma das
poucas chapas que construíram a greve dos professores participando
ativamente do seu comando e atividades.
Nem Ivan, nem Márcia falam em nosso nome!
Neste
segundo turno uma pergunta tem de ser feita: o que existe de
diferença substancial nas chapas 80 e 86 que justifique um voto de
confiança?
Ivan
Camargo representa o fortalecimento das fundações privadas, a volta
ao passado de privilégios, a elitização do conhecimento e a
cobrança de taxas, além de fazer parte do que existe de mais
atrasado na UnB: o grupo do ex- reitor (com "indícios" de
corrupção) Timothy Muholland que foi expulso da reitoria com a
ocupação de 2008.
Por
outro lado, Márcia se apresenta com o perfil da novidade e dos
avanços, mas a verdade é que nos últimos 4 anos da gestão o que
vimos foi um descaso com a assistência estudantil, o não
cumprimento da promessa do Congresso Estatuinte e a prontidão em
apoiar e aprovar qualquer projeto do governo para a UnB, como o novo
ENEM e Empresas Hospitalares. Sua candidatura é representante do
governo Dilma, o mesmo governo que precarizou as universidades via
REUNI- o carro chefe de sua campanha.
Essa
candidatura esteve ausente da greve nacional dos docentes, o maior
processo de luta em defesa da universidade pública e mesmo diante da
direção golpista da ADunB essa candidata não compareceu sequer a
uma assembleia para defender a categoria, mostrando que não é uma
candidatura alinhada com os movimentos da Universidade.
Posições semelhantes
em temas fundamentais:
Ambos defendem o modelo das fundações privadas para a UnB. Apoiaram o recredenciamento da FAHUB e FINATEC e revindicam o fortalecimento destas. Apoiaram a implementação da EBSERH Sobre os cursos pagos nenhum dos candidatos propõem o fim desse mercado paralelo na universidade. Nem pelo menos um plebiscito, como já aconteceu na UFF para consultar a comunidade, consta em suas propostas. Estes pontos demostram vários momentos onde o presente e o passado conciliaram.
A
grande "diferença": Quem melhor gerencia a crise da
universidade.
Mas existe sim uma grande diferença: quem melhor vai gerenciar a comunicação, os cortes de verbas, a pesquisa, o ensino e a extensão. Os candidatos fazem um grande esforço para mostrar quem possui a maior capacidade técnica e gerencial, cada um apresentando os seus currículos e suas proezas como ex-decanos. Ivan e a cobrança de taxas de formatura. Márcia e os estudantes SEM CAMPUS da Ceilândia.
Mobilizar
a UnB para não deixar o passado voltar e o presente continuar!
Mobilizar
a UnB para não deixar o passado voltar e o presente continuar!
Diante
de duas candidaturas, que não apresentam diferenças substanciais,
temos que fortalecer e dar continuidade a histórica mobilização de
todos os segmentos da universidade que combateu fortemente a
precarização, a privatização e a desvalorização da educação.
Não podemos conceder um voto de confiança em nenhuma candidatura
porque ganhe uma ou outra o projeto de UnB, de laboratório das
políticas de precarização do governo Dilma, continuará
prevalecendo em detrimento da assistência estudantil, do fim dos
cursos pagos e das fundações privadas, por mais verbas e pela
autonomia universitária.
Temos
que continuar com as mobilizações na UnB, pois a política
econômica do governo Dilma continuará trazendo problemas para a
universidade e exigirá o fortalecimento do movimento estudantil e
sindical para derrotar o projeto do governo para e educação e os
seus representantes na reitoria, seja Ivan Camargo ou Márcia Abraão.
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