domingo, 9 de setembro de 2012

Nem Márcia nem Ivan falam em nosso nome: Vamos à Luta vota nulo nesse segundo turno!

Nem Márcia nem Ivan falam em nosso nome:

Vamos à Luta vota nulo nesse segundo turno!


Nos próximos dias 11 e 12/09 ocorrerão o 2º turno das eleições para a reitoria da UnB. Concorrem duas chapas: Chapa 80 encabeçada pela ex-decana da gestão José Geraldo, Márcia Abraão e a Chapa 86 de Ivan Camargo que foi decano na gestão Lauro/Timothy.


O coletivo Vamos à Luta apresenta sua análise e o porquê votar nulo nesse segundo turno.

Com Sadi e Baiana


No 1º turno apoiamos a chapa 88 -Sadi e Baiana por representar o projeto de universidade que defendemos: a Universidade pública, democrática, gratuita, laica, de qualidade, socialmente referenciada; Por ter uma posição crítica à política do governo Lula/Dilma e ao projeto de privatização e precarização dos hospitais universitários via EBSERH. Também porque era uma das poucas chapas que construíram a greve dos professores participando ativamente do seu comando e atividades.

Nem Ivan, nem Márcia falam em nosso nome!

Neste segundo turno uma pergunta tem de ser feita: o que existe de diferença substancial nas chapas 80 e 86 que justifique um voto de confiança?
Ivan Camargo representa o fortalecimento das fundações privadas, a volta ao passado de privilégios, a elitização do conhecimento e a cobrança de taxas, além de fazer parte do que existe de mais atrasado na UnB: o grupo do ex- reitor (com "indícios" de corrupção) Timothy Muholland que foi expulso da reitoria com a ocupação de 2008.
Por outro lado, Márcia se apresenta com o perfil da novidade e dos avanços, mas a verdade é que nos últimos 4 anos da gestão o que vimos foi um descaso com a assistência estudantil, o não cumprimento da promessa do Congresso Estatuinte e a prontidão em apoiar e aprovar qualquer projeto do governo para a UnB, como o novo ENEM e Empresas Hospitalares. Sua candidatura é representante do governo Dilma, o mesmo governo que precarizou as universidades via REUNI- o carro chefe de sua campanha.
Essa candidatura esteve ausente da greve nacional dos docentes, o maior processo de luta em defesa da universidade pública e mesmo diante da direção golpista da ADunB essa candidata não compareceu sequer a uma assembleia para defender a categoria, mostrando que não é uma candidatura alinhada com os movimentos da Universidade.

Posições semelhantes em temas fundamentais:

Ambos defendem o modelo das fundações privadas para a UnB. Apoiaram o recredenciamento da FAHUB e FINATEC e revindicam o fortalecimento destas. Apoiaram a implementação da EBSERH Sobre os cursos pagos nenhum dos candidatos propõem o fim desse mercado paralelo na universidade. Nem pelo menos um plebiscito, como já aconteceu na UFF para consultar a comunidade, consta em suas propostas. Estes pontos demostram vários momentos onde o presente e o passado conciliaram.

A grande "diferença": Quem melhor gerencia a crise da universidade.

Mas existe sim uma grande diferença: quem melhor vai gerenciar a comunicação, os cortes de verbas, a pesquisa, o ensino e a extensão. Os candidatos fazem um grande esforço para mostrar quem possui a maior capacidade técnica e gerencial, cada um apresentando os seus currículos e suas proezas como ex-decanos. Ivan e a cobrança de taxas de formatura. Márcia e os estudantes SEM CAMPUS da Ceilândia.


Mobilizar a UnB para não deixar o passado voltar e o presente continuar!

Diante de duas candidaturas, que não apresentam diferenças substanciais, temos que fortalecer e dar continuidade a histórica mobilização de todos os segmentos da universidade que combateu fortemente a precarização, a privatização e a desvalorização da educação. Não podemos conceder um voto de confiança em nenhuma candidatura porque ganhe uma ou outra o projeto de UnB, de laboratório das políticas de precarização do governo Dilma, continuará prevalecendo em detrimento da assistência estudantil, do fim dos cursos pagos e das fundações privadas, por mais verbas e pela autonomia universitária.
Temos que continuar com as mobilizações na UnB, pois a política econômica do governo Dilma continuará trazendo problemas para a universidade e exigirá o fortalecimento do movimento estudantil e sindical para derrotar o projeto do governo para e educação e os seus representantes na reitoria, seja Ivan Camargo ou Márcia Abraão.









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